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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Como Lidar com Autismo na sala de aula.

O Autismo é uma transtorno, que gera um pouco de trastorno no ponto de vista social. Algumas características do autismo são:

  • Comprometimento na habilidade de comunicação.
  • Dificuldade na interação social.
No entanto os autismo é um distúrbio ainda pouco conhecido pelos brasileiros. Segundo Eugênio Cunhas Mestre em Educação, Professor, Psicopedagogo, e jornalista, esse distúrbio atinge cada pessoa de um jeito diferente. É importante mergulhar nos afetos de um Autista, descobrir, seus interesses, desejos, dificuldades, sonhos, enfim poder conhecer de um autista o máximo que você puder.
No caso de um professor por exemplo, ele tem que tentar descobrir, quais as habilidades desse aluno, e quais ele precisa adquirir, pois a partir dai ele sabe qual método de ensino ele vai utilizar com esse aluno.



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Professora Autista

Professora Autista que falava, seis idiomas aos 10 anos, desenvolve método de Alfabetização.


Aos 4 anos, Gisele Nascimento demonstrava interesse especial nos livros comprados em sebo, próximo ao cais do porto de Niterói, por seu pai, um simples estivador. Sem frequentar escola, foi nesta mesma época que a menina espantou a todos lendo os livros velhos, passatempo do pai durante as idas e vindas do trabalho. Com 5 anos, o universo linguístico do idioma nativo já não era suficiente para suprir os anseios da menina. Curiosa, ela partiu solitária na viagem do conhecimento da língua inglesa. E não parou mais. Autodidata, aos 10 anos, Gisele já dominava seis idiomas: inglês, alemão, francês, italiano, espanhol, além do português, claro.
Por conta do diagnóstico tardio de autismo, a dificuldade de interação com outras pessoas, o fato de não ter nenhum amigo e os comentários preconceituosos que ouvia fizeram com que ela permanecesse muda durante 12 meses, dos 7 aos 8 anos. Todavia, as dificuldades foram superadas. Hoje, aos 32, Gisele é formada em pedagogia, psicologia, sociologia, com especialização em segurança pública. Atualmente, sua principal paixão é dar aulas para crianças e adultos com necessidades especiais.
— Passei em dois concursos para dar aulas na rede municipal de ensino de Itaboraí, o último em 2011. Inicialmente, alfabetizei crianças das classes regulares durante dois anos. Omiti o fato de ser autista para evitar o preconceito — revela.

TÉCNICA ESPECIAL PARA ALFABETIZAÇÃO

Casada e com dois filhos — uma adotiva, hoje com 20 anos, e um bebê de 6 meses — Gisele leva uma vida dita normal, só toma medicação para controle da atividade motora. A jovem conta, em tom de brincadeira, que é muito estabanada. O grau leve do transtorno não a impediu de desenvolver uma técnica eficiente de alfabetização, que serve tanto para pessoas com necessidades especiais quanto as outras. Mérito este que a fez ser convidada para participar do primeiro curso de formação de professores da Clínica-Escola do Autista, em Itaboraí, primeiro local público do país a oferecer atendimento multidisciplinar gratuito para autistas.
Em casos de autismo de grau leve, finalizo o processo de alfabetização em seis meses. Eles aprendem, por exemplo, por métodos específicos, são extremamente visuais. Precisam de tempo para ver a imagem e associá-la à palavra, tanto escrita quanto ao fonema. É preciso brincar, lidar de forma lúdica. Além disso, as recompensas têm papel fundamental no reforço do aprendizado. Premiar pequenas vitórias com peças de brinquedos, fichas e doces as mantêm estimuladas e motivadas por mais tempo.
A professora da Escola Municipal Clara Pereira é responsável por uma turma mista de alunos com idades entre 9 e 27 anos, que têm transtornos diversos: autismo, Síndrome de Down, deficiência intelectual e superdotação. E dá conta de todos os seis estudantes praticamente sozinha. Conta apenas com uma assistente para acompanhar alunos com grau severo de autismo, que têm maior dificuldade e apresentam comportamento agitado.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/professora-autista-que-falava-seis-idiomas-aos-10-anos-desenvolve-metodo-de-alfabetizacao-14355992



Dicas de como ajudar um aluno Autista na Escola.


  • Para um sucesso maior, as tarefas complicadas devem ser quebradas em pequenas partes.

  • Não apresente ao aluno atividades longas. Por exemplo, se o exercício precisa que o aluno escreva 10 sentenças, comece com duas. Simplifique atividades desafiadoras e abstratas. Transforme questões subjetivas em questões de múltipla escolha.

  • Use material visual para fazer com que a atividades pareçam mais concretas.

  • Use cartões para resumir os passos para a realização de tarefas ou as atividades da agenda diária.

  • Ofereça intervalos para exercícios físicos e limite o tempo necessário para a atividade. Isso ajuda as crianças que têm dificuldade para reter a atenção.

  • Horários visuais ajudam na noção do tempo e no controle da ansiedade e na administração da tolerância.

  • Use a regra 80/20. Toda vez que começar um dia de atividades, comece com atividades mais fáceis (80%) e que não causarão problemas disruptivos e de desestruturação de ambiente. A criança fica mais confortável em sala e mais confiante. Os 20% de tarefas mais difíceis devem ser usados ou no final da sessão ou intercalada com as tarefas mais fáceis. Isso vai depender, logicamente, de cada criança.

  • Com essa estrutura, é criada confiança e motivação para o trabalho. Se a criança começar o dia de trabalho com atividades além de seu potencial, pode desenvolver um senso de que não é capaz. Use comandos simples, com poucas palavras e seja direto.

  • Apresente escolhas. Sempre. Toda criança se sente mais à vontade com seu horário de tarefas quando pode escolher ou a ordem das tarefas ou que tipo de atividade quer realizar.

  •  Na hora do recreio, devem ser reforçadas as regras de convivência, comorespeito aos amigos e tolerância, não se permitindo bullying.

  • Usar um rodízio de amigos para o recreio pode ser uma estrategia eficiente. A responsabilidade é dividida com todos e os amigos podem ser orientados a ajudar diretamente com as regras sociais.

  • Deixe permitido para o aluno uma área na escola em que ele possa ficar sozinho e fazer o que gosta. Existem pessoas que defendem a liberdade da criança, onde ela possa ficar relaxada, fazendo os movimentos repetitivos que gosta, como se estivesse extravasando. Eu pessoalmente não gosto. Se estamos trabalhando para que a criança seja incluída e que tenha mais amizades e um relacionamento melhor com seus colegas, os movimentos repetitivos não são adequados porque não socializam e podem, muitas vezes, assustar os colegas. Todas as cartas devem ser usadas para que a criança seja redirecionada e não faça os movimentos.
  • Uma ideia interessante é criar, dentro da própria escola, clubes de jogos, de computação, de música para que as crianças possam escolher o que fazer durante o recreio. Os clubes seriam supervisionados por um adulto e as crianças poderiam fazer o que gosta, falar do que gosta etc.

  • Estrategias de redirecionamento e o que a criança não pode fazer e o que ela pode fazer devem ser distribuídas para todos os profissionais que lidam com ela.
Fonte: http://abcdainclusao.blogspot.com.br/2013/05/dicas-de-como-ajudar-seu-aluno-autista.html

domingo, 26 de outubro de 2014

Um pouco mais sobre Autismo

Como Funciona a mente de um Autista :


Enquanto sua irmã gêmea se desenvolvia normalmente, o progresso da canadense Carly Fleischmann era lento. Logo foi descoberta a razão: aos dois anos de idade, ela foi diagnosticada com autismo severo. Hoje, Carly é uma adolescente que não consegue falar – mas encontrou outro meio de se comunicar. Aos 11 anos, ela foi até o computador, agitada, e fez algo que deixou toda a sua família perplexa: digitou as palavras DOR e AJUDA e saiu correndo para vomitar no banheiro. Supostamente, Carly nunca tinha aprendido a escrever. Mas aquilo mostrou que acontecia muito mais em sua mente do que qualquer um poderia imaginar. E foi assim que começou uma nova etapa em sua vida: ela foi incentivada a se comunicar mais desta forma e a criar contas em redes sociais, como o Twitter e o Facebook. Também ajudou o pai a escrever um livro sobre a sua condição e deu as informações para a criação de um site que simula a sua experiência diária com toda a descarga sensorial que recebe em situações cotidianas, como ir a um café. “O autismo me trancou em um corpo que eu não posso controlar”, diz ela no site. ( http://www.carlyscafe.com/) 

Fonte : http://autismobemvindoaomeumundo.blogspot.com.br/



Dicas Para Educadores e Pais.

Essa é uma dica muito importante para: Pais, Professores, e Educadores, de crianças com Autismo




sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Experiência de Matheus, um aluno Autista na escola.
Conheça a história de Matheus Santana da Silva, 14 anos, autista. Ele estuda em uma turma regular de escola pública em São Paulo desde a 1a série.




Fonte: Revista Nova Escola. http://revistaescola.abril.com.br/formacao/experiencia-matheus-aluno-autista-escola-482092.shtml

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Crianças Autistas na Escola:


 professora entra na sala no primeiro dia letivo na escolinha e a criançada, cheia de energia, conversa e brinca para aliviar as expectativas. A única exceção é um garotinho sentado na primeira fileira: calado, permanece o tempo todo com os olhos fixos em um ponto indetectável pelos colegas de classe. Até que, durante a aula, ele repentinamente se levanta e começa a passear pelo recinto. Ao tentar levá-lo para a carteira onde ele estava sentado, a professora é surpreendida com gritos, arranhões e pontapés. Em seguida, o silêncio. O menino fecha-se novamente em seu universo particular. Esse tipo de comportamento é comum em portadores de autismo e acaba escondendo suas habilidades criativas e intelectuais — as quais podem ser desenvolvidas com acompanhamento adequado e vivência escolar. Contudo, as reações aparentemente desconexas representam também uma das muitas dificuldades que oseducadores, pais e familiares encontram para inserir o autista na sala de aula. Quando bem-sucedida, a inclusão escolar traz benefícios à criança e às pessoas que convivem com ela.
Mais informação, Melhor inclusão:
 Inserir o autista na sala de aula é a melhor forma de estimular as capacidades do portador. Além disso, as outras crianças da turma aprendem a lidar com as diferenças e tornam-se adultos com menos preconceitos”, explica César de Moraes, coordenador do Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). “Devemos lembrar também o que é definido na Constituição: todo cidadão tem direito à saúde e educação. Partindo dessa premissa, o autista é um cidadão e o processo educacional é o mesmo”, completa Fábio Oliveira, da Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (Abads). Para contribuir efetivamente com esse processo, é preciso entender o que, de fato, é o autismo. De acordo com Francisco Baptista Assumpção Júnior, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), trata-se de um transtorno de desenvolvimento de base biológica que compromete a cognição (habilidade ligada ao aprendizado, memória, percepção, entre outros atributos) e provoca alterações na sociabilidade, na linguagem e na capacidade imaginativa do indivíduo. Sua causa ainda é um mistério. “Acredita-se que fatores genéticos estão envolvidos, embora aspectos ambientais como quadros infecciosos ou traumáticos — também podem estar relacionados. Assim, não se deve pensar em uma causa única, mas sim em um conjunto delas, o qual ainda, infelizmente, não foi esclarecido.”

Níveis de intensidade do autismo infantil

O autismo possui graus de intensidade. Segundo o médico, quadros mais severos normalmente são acompanhados de total isolamento e mutismo , quando o indivíduo não fala ou de linguagem e movimentos estereotipados intensos“É diferente dos casos mais leves. Nestes, as alterações no falar são sutis e envolvem, muitas vezes, uma linguagem pedante ou a criação de neologismos (inventar palavras)”, afirma Francisco. O psiquiatra César enfatiza que essa condição não deve ser confundida com retardo mental. “De forma alguma podemos afirmar que são a mesma coisa. Apesar da maioria dos indivíduos autistas apresentarem o retardo associado, por volta de um quinto deles possui um nível intelectual normal”, afirma. Sabe-se também que algumas crianças que possuem o distúrbio apresentam habilidades extraordinárias, como memória fotográficaaptidão para realizar cálculos matemáticos complexos ou afinidade com instrumentos musicais.

E as escolas, como vão?:

Segundo Fábio, a inclusão só acontece quando a família mapeia detalhadamente todos esses sintomas e informa a instituição de ensino a respeito deles. Esta, por sua vez, deve contar com as metodologias adequadas para ajudar a criança a suprir suas deficiências. Entretanto, o desafio não está somente nas características do autista ou no diálogo entre família e educador. A viabilização financeira dos métodos especializados de ensino também é um problema. “Por meio deles, é possível reduzir a incidência de comportamentos inadequados e ajudar o autista na organização do seu dia a dia, bem como na tarefa de se comunicar com os outros e de ingressar em qualquer espaço. No entanto, são metodologias caras  e  de serem implantadas. Além de ser necessário profissionais qualificados, o que ainda é um pequeno número no pais”, ressalta. Em dezembro de 2012, foi sancionada a lei que classifica o autista como deficiente. Ela não apenas garante proteção aos direitos do portador, como também torna sujeito à punição gestores escolares que se recusarem a matricular indivíduos com suspeita ou diagnóstico de autismo. Para o pedagogo, isso representa mais do que um conjunto de benefícios legais: “Daqui cinco anos, mais ou menos, o Brasil saberá muito mais sobre o assunto. Será algo normatizado e bastante conhecido. Todas as escolas já terão as metodologias, o número de profissionais especializados crescerá e o portador será incluso, deixando de ser um mero ouvinte para tornar-se participante.”









AUTISMO

O que é o Autismo: 

O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Para o autista, o relacionamento com outras pessoas costuma não despertar interesse. O contato visual com o outro é ausente ou pouco frequente e a fala, usada com dificuldade. Algumas frases podem ser constantemente repetidas e a comunicação acaba se dando, principalmente, por gestos. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.
Para minimizar essa dificuldade de convívio social, vale criar situações de interação. Respeite o limite da criança autista, seja claro nos enunciados, amplie o tempo para que ele realize as atividades propostas e sempre comunique mudanças na rotina antecipadamente. A paciência para lidar com essas crianças é fundamental, já que pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual. Alguns, ao contrário, apresentam alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas - como ter muita facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito específico sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as 'eficiências' do autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento.

O aluno Matheus Silva, que tem autismo e foi incluído em uma escola da rede pública de São Paulo.

Fonte : http://revistaescola.abril.com.br/formacao/na-duvida-autismo-624077.shtml